domingo, 16 de agosto de 2009

A história de um jequitibá rosa


A imagem de um bairro que preserva suas origens, não será mais a mesma, a modernidade vem se instalado de mansinho, carros passam pra lá e pra cá, buzinas, freadas e brigas são constantes. Moradores não querem ver as ruas se difundindo em meio à modernidade. Querem lembranças das crianças brincando, velhos jogando dominós e casais namorando na praça.
A Vila Prudente, mesmo com o caos urbano de São Paulo, era preservada, sob a sombra de um jequitibá rosa, de 15 metros de altura, a maior árvore nativa brasileira, símbolo do Estado de São Paulo.
Ninguém imaginaria que a construção da linha verde do metrô iria causar tanto transtorno ao jequitibá rosa, esse que se encontrava quieto no seu cantinho, como sempre.
As demolições começaram, várias casas vindo abaixo, lojas sendo desativada e a árvore lá. Tudo parecia muito bem.
Quando botânicos disseram:
- Vocês podem derrubar tudo! Menos o jequitibá rosa, todos pararam sem ter o que fazer, começaram a olhar projetos, de cá, olhar projetos de lá e nada poderia ser feito, pois o Jequitibá estava bem no meio do metrô. Projetistas correndo com suas pranchetas, arquitetos e engenheiros olhavam os projetos, até que uma solução, que nunca havia sido imaginada veio à tona: Uma jardineira, isso! Será feito uma jardineira suspensa numa vala, enquanto as escavações estiverem sendo realizadas para a passagem do trem.
Terminada a obra, será jogada terra, e tudo, pelo menos na superfície, poderá voltar ao normal. Mas e as raízes? A decisão foi escavar dez metros mais profundos para que o trem não abatesse, com o tempo, a árvore.
Tudo resolvido e com uma platéia de velhinhos de olho para que nada saia errado, o metrô continua a todo vapor e o jequitibá rosa continua fazendo suas sombras para os papos na hora do almoço, encontro de velhinhos e um bom descanso.

Matéria para faculdade
Beijos...Pathy Alves

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